Fazendo um festival de leitura de romances de Star Wars, para entrar dentro do clima do novo filme, entre uma overdose literária, somada com meu novo vício, A SÉRIE REBELS do Star Wars, que é DOOOOODIMAIS VÉÉÉÉÉIO e que tá no Neflix!
Assim li, entre maratonas de escritas do LEGIÃO – CENÁRIO DE CAMPANHA e o romance MARCA DA CAVEIRA, os seguintes livros:
Star Wars: Catalyst de James Luceno, o Star Wars Aftermath #2 – Life Debt do Chuck Wendig, Bloodline da Claudia Gray
Catalyst – A Rogue One Novel by James Luceno
My rating: 4 of 5 stars
Star Wars: Catalyst, A Rogue One Novel – James Luceno | 350 páginas, Del Rey Books, 2016 | Lido de 11.12.16 a 13.12.16
Esse romance me surpreendeu, sendo bem diferente do estilo de história que normalmente estou acostumado a ver em romances do universo Star Wars.
Um livro mais adulto, que lida com temas corrupção psicológica e manipulação emocional, e como as melhores intenções podem ser direcionadas para o mal, usando o ego do bem intencionado como alavanca.
James Luceno optou por criar uma história mais focada em conspiração e drama psicológico, mesmo contendo cenas de ação frenética.
O foco do livro está na relação entre os personagens, envolvidos, de uma forma ou de outra, com a construção da Estrela da Morte.
A caracterização é muito bem feita, e a escrita é de alto nível. O modo como um cientista é tragado dentro de uma conspiração, e o modo como ele, aos poucos, vai racionalizando e corrompendo seus ideais me impressionou.
“Catalyst” passa essa sensação de realismo, como se fosse a versão de Star Wars do que aconteceu com os cientistas que trabalharam na criação da primeira bomba atômica.
A história mostra também os bastidores do final das Guerras Clônicas e o começo do Império, detalhando e enriquecendo a visão do leitor sobre o universo de Star Wars.
Dá uma visão bem legal sobre a família da protagonista do filme Rogue One, tem a participação do TARKIN, e conta TUDO, com detalhes, sobre a construção da ESTRELA DA MORTE.
Gostei muito dos protagonistas, principalmente de um dos antagonistas principais e das guerras internas entre os líderes e generais do Império.
E o livro reforça a minha tese de que o período Imperial é o mais DOIDIMAIS da narrativa de Star Wars. E para quem quer outra prova, assista a série REBELS, que, mesmo focada no público juvenil, é FANTÁSTICA E DIVERTIDA!
De volta ao James Luceno, fiquei fã do cara, vou correr atrás dos outros livros que ele escreveu para o Star Wars.
E olha que doidimais, na página do James Luceno na wikipedia diz que o cara foi um dos roteiristas e criadores da MEGAFODÁSICA série CAVALEIROS DA GALÁXIA – GALAXY RANGERS, dos anos 80!
Ou seja, James Luceno é O CARA para escrever space opera ,véééio!
Recomendado o livro, com o aviso de que é BEM DIFERENTE do esquema aventura espacial mais comuns em outros romances de Star Wars.
Aftermath – Life Debt by Chuck Wendig
My rating: 4 of 5 stars
STAR WARS Aftermath #2: Life Debt – Chuck Wendig | 430 páginas | Lido de 15.12.16 à 19.12.16 | Nota 3.8 em 5
Uma excelente sequência do livro anterior!
Eu ADOREI o primeiro livro da série escrita pelo Chuck Wendig, que tem um dos melhores blogues com dicas para escritores da internet, apesar de tantas polêmicas causadas pelo Aftermath #1.
Aftermatch causou causou uma forte reação nos fãs de Star Wars que estavam revoltados com a decisão de relegar os antigos livros do cenário para o selo LEGENDS e tirá-los do cânone do cenário. E também pela reação de uma minoria de fãs que rejeitaram a presença de um personagem homosexual no grupo de aventureiros
E, pelo que vejo nas resenhas aqui no Goodreads, essa reação negativa do primeiro livro muda o modo da leitura do segundo. As avaliações variam de muito baixas a aulas.
A minha é alta, porque o livro é bem legal, tem TUDO para agradar um fã de Star Wars, além de alguns elementos extras vindos do Chuck Wendig.
A trama envolve mais os personagens do primeiro livro com os “medalhões” do Star Wars, com a participação SUPER especial do Han Solo, em uma missão doidimais com a galera da espaçonave Halo!
Os arcos emocionais e mentais dos protagonistas se pronunciam mais nesse livro, com muitos deixando a tendência pela auto-absorção, auto-dúvida e anti-heroísmo e gradualmente amadurecendo e se tornando mais altruístas.
Uma discussão interessante no livro é sobre a disciplina militar para manter a ordem e a lei na Nova República. Os protagonistas Imperiais desenvolvem uma critica bem embasada no estado precário das forças da Nova República, e como essa precariedade está lançando incontáveis mundos à uma terra sem lei. É claro que a resposta do Império é fascista e exagerada, mas as críticas são muito incisivas e deram uma certa profundidade na história.
Outro ponto ressaltado é a imensa dificuldade da Nova República em gerenciar e organizar um novo governo galático, descrita de maneira bem realista. Gostei demais!
Como no primeiro livro da trilogia Aftermath, “Life Debt” traz várias narrativas paralelas que às vezes dificulta uma visão geral da história. Entretanto, no final da leitura, fiquei com um panorama bem amplo do pós-Episódio 6!
Recomendado para fãs de Star Wars! :D
Bloodline by Claudia Gray
My rating: 4 of 5 stars
Star Wars: Bloodline – Claudia Gray | 326 páginas, Lukasbooks, 2016 | NITROLEITURAS #starwars | Lido de 16.12.16 a 22.12.16
Bloodline mostra com detalhes as brigas políticas do Senado da Nova Republica e na transformação da Leia de uma senadora da Nova República para a líder da Resistência, tem narrativa é bem ágil e interessante, e conta com a excelente escrita de Cláudia Gray, que já virei fã!
Uma coisa que adorei foi a fama da Léia no Submundo Criminoso da galáxia como a Matadora de Hutts!
Bloodline foca mais nos personagens, e a descrição do ponto de vista da Princesa Leia é uma das melhores que ja li na literatura Star Wars.
A história já começa quente, com Leiah, cansada da burocracia do Senado, embarca em uma missão diplomática e perigosa no Submundo Criminoso da galáxia, se organizando depois da queda do poder dos Hutts.
Claudia Gray é sensacional, adorei o trabalho de caracterização de personagem, e brilha na interação entre os protagonistas.
Uma curiosidade que notei ao ler, é mais um livro de Star Wars repleto de referências aos vermes Mynocs, que parecem infestar a galaxia inteira do cenário.
Bloodlines traz discussões interessantes, principalmente uma reflexão sobre a ética e a moralidade da violência usada pelos rebeldes durante a era do Império. A história também mostra o papel do terrorismo no período instável da nova republica.
Outro elemento que me chamou atenção foi a popularidade de relíquias do império entre colecionadores da nova república. E a presença cada vez maior de adoradores do Império, que, sem ter vivido a opressão Imperial olha com romantismo para o passado sob o comando centralizado de Palpatine.
Bloodline também tem como tema a possibilidade e a necessidade dos políticos de trabalhar para se sobrepor às diferenças de ponto de vista pelo bem da sociedade.
Apesar do foco em Léia, o leitor terá informações sobre Han, Chewie, e passar um pouco de tempo com C-3PO. Além de inferir o primeiro trauma sofrido por Ben Solo, que é ligado ao grande conflito do livro.
Recomendadíssimo para fãs de Star Wars e para quem queira entender mais o papel de Léia na nova série de filmes!
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